quinta-feira, 31 de março de 2011

O Sentido da Qaresma: " Sem Deus, somos só cinzas."


Dom Alberto Taveira Corrêa lembra o povo do sentido do tempo quaresmal na vida dos cristãos católicos
"Este é um momento de chamado para que todos olhem para frente e para o alto, tendo como única referência o próprio Senhor Jesus Cristo". A afirmação é do Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, que durante a celebração eucarística de Cinzas, no dia 9, lembrou o povo do sentido e importância de se viver a Quaresma. Com a Catedral lotada, os católicos ouviram atentamente a homilia.
Segundo o Arcebispo, o tempo penitencial e fundamentalmente de conversão não pode ser compreendido somente como algo interior, mas como um sentido de mudança, de transformação de todo o ser. "Nossa referência é Jesus, porque ele fazia todas as coisas bem feitas. Por este motivo é que quando se fala em conversão, não estamos falando somente de se confessar e arrepender-se, mas do que isto, de iluminar toda a sua vida a partir da luz de conversão". Neste contexto, Dom Alberto explica que as cinzas representam exatamente o sentido de conversão e presença de Deus. "A cinza é o que somos sem Deus".
Para viver o sentido pleno da Quaresma, é preciso viver três importantes práticas penitencias: a oração, o jejum e a partilha.
Dom Alberto explica que é possível encontrar em todo o mundo pessoas fazendo orações. Porém, a oração do cristão tem suas características próprias, porque é marcada por uma relação profunda e íntima com Deus. Baseado neste mesmo sentido, ele destaca que uma pessoa que vive sua fé, trabalha diariamente para educar os seus sentidos, buscando a compreensão que se deve ter sobre a importância de jejuar neste período. A terceira prática, a da partilha, revela o relacionamento com outros, de viver em fraternidade e caridade.
Ainda segundo o Arcebispo, é por meio destas práticas que será possível alcançar um sentido de conversão pessoal e chegar à consciência da importância da vida e da preservação da natureza, como propõe a Campanha da Fraternidade 2011. "Se eu vivo a minha fé, e eu faço bem todas as coisas, eu tenho sensibilidade para a beleza e para a natureza, então posso olhar ao meu redor e viver uma sadia ecologia humana! Porque consigo viver em harmonia. Todas estas coisas acontecem quando há uma conversão pessoal", explica Dom Alberto Taveira. 

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